terça-feira, 26 de março de 2013

Libertadores 2013 - Haja coração

Bem amigos do Blog!

Gostaria de responder meu grande amigo Tricolor, Maurílio, que comentou no post da OPINIÃO: São Paulo 2x1 The Strongest-BOL, pela Libertadores 2013.

Realmente havíamos ficado sem posts, completei o espaço, porém não pude comentar sobre os jogos. Então ao invés de apenas responder o comentário, o farei em forma de post, e fica aberto o espaço para mais discussões.



Um começo complicado. Uma derrota "na bobeira" para o Atlético-MG, no Estádio Independência, após outra derrota - mas que nos classificou na Pré-Libertadores para o Bolívar. Quando pensávamos em um jogo fácil, um valente The Strongest quase jogou água no chopp Tricolor. Um vitória por 2 a 1 que veio aos 40 minutos do segundo tempo, providencial feito de PH Ganso, até então - "inapto" segundo o técnico.

Logo após, outro jogo que parecia fácil contra o Arsenal de Sarandí e uma franca recuperação ficou complicado com a bola rolando, mesmo após o Soberano sair na frente e depois sofrer o empate, e ficou azedo após a expulsão de Luís Fabiano - após o apito final.

No outro: um time que entrou sem identidade, sem brio, sem brilho, sem alegria. O técnico sem convicção de qual sistema utilizar, birras, e lambança defensiva fez com que o Tricolor saísse derrotado da Argentina.

Essa é a Libertadores 2013 pro São Paulo. Era pra ser uma festa, mas pelo visto, o time não parece "merecer" estar lá. Muito se falou em crises esses dias. Troca Ney Franco ... (Paulo Autuori que seria um alvo, fechou nessa semana com o Vasco).. Troca JJ (não lia criticas ao presidente desde a saída do Leão, no ano passado)... Troca Ganso, Troca LF, Volta Lucas ...  Crise no Morumbi... Racha no Elenco... Bicho pela metade..  Efeito Tolima?

É muita baboseira para um só time. Se você parar para pensar vai perceber isso.

Com relação a Libertadores, já começa pelo fato que nem sempre os times de melhor campanha na fase de Grupos é o campeão. Vide 2010 e 2011, por exemplo.
Sim, é possível, após a classificação, se com um trabalho bem realizado, o time pegar CANCHA (uma expressão latina que além de campo de futebol significa experiência), forma e ir até o final.

Dou dois exemplos. O Inter de 2010, não terminou bem a fase de grupos. Viveu por um fio durante as quartas, as oitavas e sofreu com o treinador Jorge Fossatti. Bastou a pausa para a Copa da África em 2010 e providencial troca de técnico - embora eu acredite que não fora o fator determinante para o êxito, O Inter eliminou Estudiantes nas quartas, o São Paulo nas semi e, já classificado para o Mundial, apenas cumpriu tabela contra o Chivas e se sagrou campeão. 
Nesse mesmo ano, o Corinthians de Ronaldo, Roberto Carlos e etc, foi o primeiro lugar geral com uma campanha irretocável na fase de grupos. Caiu nas oitavas de final para um famigerado Flamengo de Vágner Love e Adriano - em casa. O São Paulo com a segunda melhor campanha, se frustou após o gol de Alecssandro (hoje no Atlético-MG) do Internacional. A finalissima estava nas mãos, mas uma bola desviada quebrou todo o esquema e frustou 54 mil no Morumbi e demitiu o técnico Ricardo Gomes - assim como foi embora uma boa prata da casa: Hernanes, o Profeta.

Em 2011 não fora diferente. Chamado de o Barcelona das Américas, e jogando bonito, o Cruzeiro conseguiu perder nas oitavas para o Once Caldas, dentro de casa. Assim deu adeus a Liberta. O campeão Inter também, na mesma fase. O bom e badalado time do Corinthians, nem da Pré-Libertadores passou.  O Santos que capengou na primeira fase - com Adílson Batista no comando, demitiu o técnico e trouxe o eterno Muricy Ramalho. Muricy assumiu o time em situação delicada na Libertadores. Seu primeiro jogo foi uma difícil vitória sobre o Cerro Porteño por 2 a 1, no Paraguai, com três jogadores suspensos: Neymar, Zé Eduardo e Elano, este último expulso quando já estava no banco de reservas. Ganhou também o outro jogo que restava na fase de grupos e conduziu o time pelo mata-mata da Libertadores até a conquista do título, sobre o Peñarol, do Uruguai.

Seguindo a linha de raciocínio esse mesmo "supertime" de Neymar e cia. caiu diante de um Corinthians guerreiro, que de forma inédita levou o caneco de 2012.

É o que quero dizer: NEM SEMPRE O TIME QUE ENCANTA, VENCE A LIBERTADORES. Ainda mais com gramados ruins da América do Sul, gol fora de casa e Camisa (é parceiro, a camisa pesa!). Um adversário determinado e aguerrido podem complicar a vida até do Barcelona, se jogasse por aqui...

Logicamente não estou pedindo a cabeça do Ney Franco - que pra mim, tem feito um bom trabalho, nem dizendo que se ganha apenas com raça. É preciso também sorte, ter o coração na ponta da chuteira, malandragem...

Para esse grupo do São Paulo, pelo futebol apresentado na Argentina, siquer passa das quartas.. e olhe lá. Mas, se realizado um bom trabalho, ter foco e determinação, além de muita raça e disposição, chega. E se deixar chegar, a coisa fica preta pro adversário... Ainda mais com a pausa para a Copa das Confederações no Brasil. É o momento do time encorpar e preparar pro "grande momento".

Jogo aberto ainda.



Esses jogos temos tido bons resultados. Ney Franco tem apostado em PH Ganso e vitórias no Paulista, onde somos líderes, tem vindo. A partir de domingo que vem, os testes começam e aí HAJA CORAÇÃO. Temos Majestoso no domingo e na quinta-feira dia 04, tudo vai ser colocado em teste. São Paulo e The Strongest na altitude de La Paz.

Bem, eu acredito, e vocês?


4 comentários:

  1. Fala meu brother!

    Refletindo sobre suas palavras, ainda podemos sair com a taça. Estamos vivos e nossa classificação só depende de nós.

    O Ney Franco, aparentemente, deixou de lado o 4-2-3-1 e começou a apostar em um meio campo com PH Ganso. O time fica mais equilibrado assim e também mais criativo. A única peça que trocaria seria o Maicon, colocando o Wellington ou o Fabrício. E, naturalmente, o retorno do Osvaldo no lugar do Wallyson. Na zaga ainda não vejo uma formação ideal. É Toloi e mais um. O problema de ser o Lúcio é que o Toloi fica deslocado na esquerda e acaba perdendo um pouco de rendimento. Mas o caminho é este, 4-4-2.

    Eu também acredito!

    Que chegue logo dia 04!

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    1. Maurílio, concorda com as mini análises dos jogos?

      O problema em colocar o Wellington, é que ganhamos um ótimo marcador mas perdemos o meio campo com melhor toque de bola. Se ao menos tivesse na ótima fase do ano passado...

      Será que Rhodolfo e Tolói não seria também uma boa dupla? Edson Silva tem se destacado, o Lúcio também...

      Acredito que, quem tiver melhor, deva jogar.

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    2. Concordo, cara. Resumiu muito bem o que aconteceu em cada jogo.

      Esse é o problema com nossos volantes: estão em má fase! Ainda não testamos esta formação com times mais fortes. Quero ser o Maicon vai aguentar bem, defensivamente falando. Se aguentar, eu até arriscaria em manter, mesmo preferindo um volante mais marcador.

      Ano passado Rhodolfo e Toloi se acertaram. Esse ano o Ney fez muitas modificações no setor e bagunçou um pouco as coisas. Hoje, eu gosto dos 4 zagueiros que você mencionou. Não tenho muita preferência, só creio mesmo que seja Toloi e mais um.

      Já estou ansioso pelo jogo da Liberta! hehehe

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    3. "Ano passado Rhodolfo e Toloi se acertaram." Mas muito se deve a boa fase dos volantes que é justamente o contrário desse ano.

      Também estou ansioso e preocupado. Uma eliminação precoce seria uma catástrofe.

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