Bem amigos do Blog “O São Paulino”.
Primeiramente, gostaria de me desculpar com relação ao
atraso. Por probleminhas na minha conexão não pude postar o pós jogo. No
domingo até tinha, mas cheguei em casa ensopado, com uma baita dor de cabeça, cansado,
p&#@ da cara... só via cama na minha frente.
Sim amigos, estive lá, como sempre, na casa Sacrossanta.
Tomei aquela chuva (que iniciou as 16h e acabou as 18h, justamente na hora do
jogo), e um baita trânsito na saída. Poderia, tudo ter valido a pena.
Todos sabemos que foi
preparada uma linda festa pela torcida, que compareceu em massa e proporcionou
um público de 63 mil pessoas novamente no Morumbi. Reparei também que a
capacidade aumentou, devido ao setor “cadeira laranja” e “cadeiras amarelas”
disponibilizarem ingressos (o laranja reformado, com assentos novos e o amarelo
deixou de receber as mil crianças).
Fora a chuva, um espetáculo a parte. Desde a entrada, onde a
torcida fez a festa, recebendo o time, na entrada do estádio. Ambiente propício
para um bom futebol.
Eu como sempre, fui para as arquibancadas azuis, com muitas
expectativas, fiquei aguardando uma possível combinação (Rivaldo, Lucas,
Dagoberto e Luis Fabiano). Mas não foi o que vimos. Vimos mais uma vez um time
armado com muitos volantes. Rogério
Ceni, Wellington (lateral), João Filipe, Rhodolfo, Juan, Denílson, Casemiro,
Cícero, Lucas, Dagoberto e Luís Fabiano fizeram parte do time inicial.
Ao aparecer o nome Luis Fabiano no telão do Morumbi, já foi o
suficiente para levantar a galera presente. Quando o Fabuloso pintou no
gramado, correndo, dando piques, dando aqueles tapas na bola, a emoção tomou
conta de todos. O seu nome era gritado por mais de 60 mil, coro que atenuava o
barulho de “Hells Bells – AC/DC”.
Uma singela homenagem ao aniversário do Cícero Pompeu de
Toledo foi prestada. Uma bandeira foi levada até o centro do gramado, com o
logotipo Morumbi 51 anos. Meus parabéns casa Sacrossanta!
Bem, como eu já disse por aqui, ainda acho uma boa jogar com
três volantes, MAS FORA DE CASA. Dentro de casa temos que ser ousados, entrar
com mais homens a frente. O justificável seria a presença de Casemiro, que é um
meia com chegada – normalmente.
No primeiro toque, percebemos a disposição do Fabuloso. Era
bem parecido com o que vimos nos treinamentos. Buscava a bola, tabelava, as
vezes até invertendo a posição com Dagoberto. Parecia muito que essa dupla ia
vingar.
Realmente, também a falta de ritmo ao jogador pesou, mas
isso não afetou nem sua qualidade, nem seu desempenho em campo.
Impressionante (pelo menos para nós, que sofríamos com
pernetas) marca do Luis Fabiano em seu retorno. Todas as chances que teve foram
DIRETAS para o gol. Digamos, 4 chutes, 4 chutes a gol. Todos bem impedidos pelo
goleiro Felipe. Em um, da bola cruzada, acertou o travessão, mas a jogada não
valia mais nada, era impedimento.
Mas as poucas chances de Fabuloso não foram por que não teve
competência para conclusão. Foi devido a milhares e milhares erros no setor do
meio campo. Realmente não tem o cabeça pensante na equipe, alias tem, mas vive
no banco de reservas.
Li uma declaração de Vanderlei Luxemburgo dizendo que
Rivaldo é titular sim, e poucos o conhecem como ele. Foi pouco modesto, mas há
100% de verdade por aí. Acredito que Felipão diria a mesma coisa (após ver o
jogador em campo, pois antes da volta para o Brasil, dizem que Felipão vetou o
craque no Palmeiras).
Ao intervalo fomos ao 0x0 com gostinho de que o gol estava
amadurecendo. O São Paulo pressionava e o Flamengo não chegava senão pelas
bolas aéreas de Ronaldinho ou a subida dos laterais (mais Júnior César do que o
outro). A zaga, bem posicionada, dava conta do recado. Alex Silva salvou uma
bola praticamente na linha, seguraram o primeiro tempo muito bem.
Contudo, na segunda etapa, que não teve alteração do início,
o Tricolor veio, mas já cambaleando. Aos 10, aproximadamente começa o carma
Tricolor: Lucas toma o segundo amarelo na partida e é expulso. O garoto perdeu
a bola e impediu a progressão do adversário fazendo a falta. (já já comento
sobre a arbitragem no lance).
Foi o momento mais crítico do Tricolor na partida. Perdeu
bem suas forças ofensivas. Percebendo isso, (vejam só, o começo do baile tático
aplicado em cima de Adílson Batista) Wanderlei Luxemburgo colocou mais um
atacante (se não me engano, Diego Maurício). E o Mestre dos Técnicos Batista me
fez o favor de acabar com a força ofensiva do time de vez, tirando o Luis
Fabiano – um dos melhores na partida, e colocando Carlinhos Paraíba. Isso
acarretou a fúria da torcida que o chamou de Burro.
Uma pausa para reflexão: No início da semana, alguns
jogadores entre eles o próprio Luis defenderam a atitude do técnico em tirar o
Fabuloso da partida. Até concordo.
Eu mesmo sinalizei aos meus companheiros de arquibancada que
Luis Fabiano provalvemente estava cansado.
Mas, não justifica trocar um atacante por um volante num
jogo onde é preciso ganhar. Primeiro, porque quem foi expulso foi um meia atacante. Pra que era preciso aumentar
a marcação? Pura incompetência!
Eu seria a favor se tivesse entrado Henrique ou Marlos, pelo
patamar do jogo a segunda opção era melhor. A equipe continuaria com mobilidade
e força no ataque.
Ao chamar Carlinhos pro jogo, Adílson também chamou o Flamengo
que encurralou o São Paulo e conseguiu marcar o primeiro tento. Thiago Neves,
que estava sumiiido do jogo, teve presença de área e cabeceou sozinho pra
marcar. Sem chances para Ceni, que a essa altura já tinha feito 4 defesas a
queima roupa.
Aí ficaria difícil mesmo. Ainda mais pro sr. Gênio, que só
agora decidira colocar Rivaldo. (que só entra em roubada, coitado), antes
ainda, entrou Henrique. A torcida começou a cobrar muito, e até a xingar
Adílson.
Com a entrada dos dois, o time passou a ter presença no
ataque. Dagoberto não ficou mais isolado e Henrique ficou sendo a referência na
área. Enquanto várias bolas eram alçadas na área a fim de tentar o cabeceio, o
tempo passava.
Numa dessas Carlinhos pegou a bola pela esquerda, viu Dagoberto
livre, que pediu, preparou, e enfiou o azeite na gorduchinha. Uma bomba.
Indefensável para Felipe. Dessa vez acordou o time e a torcida, que explodiu,
mesmo molhada.
E quando parecia que teríamos a virada, vem o golpe final.
Renato Abreu ousou, e experimentou de longe. A bola desviou em Carlinhos, que
tentou cortar e enganou por completo Rogério que estava um pouco adiantado no
lance.
Era a rendenção rubro-negra. Mais um time ressuscitado pelo
São Paulo Futebol Clube.
2x1 com direito a chiado da “massa” Tricolor.
Uma sequência de trapalhada que não pode acontecer. Nunca vi
ficar tão desatentos como hoje. Resultado: entregamos de bandeja 12 pontos para
os cariocas aqui no Morumbi. Três para cada um, quando éramos para pelo menos 9
estar em nossas mãos. (A única derrota que eu isento o time foi a do Vasco,
esse foi um bom jogo).
E agora o que era tranquilidade, chega a preocupar. Tudo bem
que os da frente também tropicaram. Mas:
1)
Até quando vamos depender dos resultados?
2)
Os times de trás já chegaram. Mais “tropeços”
nossos e nem Libertadores veremos. Ou esperaremos por Sul-Americana?
3)
Quando esse técnico irá ajustar o time? Tem quatro
jogadores de seleção na equipe e não sabe trabalhar com ninguém...
Vamos as notas?
Rogério Ceni – Excelente. Sem culpa nos gols sofridos.
Defesas mitológicas evitaram algo pior. Nota: 9,0
Wellington – Realmente não é a sua praia a lateral. Não
marcou e não ajudou na frente efetivamente. Nota: 5,0
João Filipe – Deu conta do seu setor. Tentou anular Deivid e
Ronaldinho. Nota: 7,5
Rhodolfo – Dessa vez deu bobeira. O Primeiro gol do Thiago
neves saiu em seu setor. De resto, partida discreta. Nota: 5,0
Juan – Sofreu pouco com quase inexistentes avanços pelo lado
direito flamenguista. Então podia ter dado uma força no apoio pelo lado
esquerdo, principalmente com o time com um a menos. Vai mostrando que não serve
para o Tricolor. Nota: 5,0
Denílson – Partida discreta mas eficiente. Tem qualidade nos
pés, mas precisa saber que aqui não é Europa! Nota: 7,5
Casemiro – Péssimo. Além de atrapalhar não ajudou na
marcação. Quem sobrecarregou o setor foi esse cara aqui. Merece banco urgente! Nota:
2,0
Cícero – Apagado. Precisa jogar mais e falar menos também.
Nota: 5,0
Lucas – Atuação abaixo da média. Parecia cansado – até mais
que o Fabuloso. Expulso injustamente, mas a entrada foi infantil. Nota: 3,0
Dagoberto – Vinha fazendo uma partida mediana, sem destaque.
Quando ficou sozinho no ataque ficou péssima a situação para ele. Mas quando
ganhou companheiro no ataque chamou o jogo e acertou um golaço. Nota: 7,5
Luis Fabiano – Que belo retorno. Está de parabéns pela
recuperação. Na partida pareceu um pouco sem ritmo, mas a briga, a vontade e o
faro de gols ainda estão iguais ao Fabuloso do ano passado. Tende a evoluir e
se tornar um dos principais do elenco. Nota: 9,0
Entraram:
Carlinhos Paraíba – Nada contra o jogador. Acho até bom pro
elenco. Mas não era jogo para ele. Foi infeliz no corte que originou o segundo
gol do Flamengo. Nota: 5,0
Henrique – Sua presença ajudou a melhorar o panorama, mas
futebol em si, não pode mostrar... Nota: 5,0
Rivaldo – Tentou organizar a equipe e chegou com o rojão
estourado, isto é, pegou o jogo quando já estávamos perdendo. Não teve como
fazer nada. Merece mais chances de uma vez por todas. (Já teve e correspondeu) .
Nota: 7,0
Técnico – O fato de ter tirado Luis Fabiano é justificável.
O que não é justificável é recuar o time desse jeito. Fator preponderante para
a derrota. Se fosse pra tirar alguém para a entrada de alguém era Casemiro. Pra demonstrar o quanto estava errado, teve
que substituir Casemiro para a entrada de Henrique. (justamente o caminho inverso) Nota: 1,0 – por ainda ter
corrigido.
Arbitragem – Péssima. Atrapalhou o jogo utilizando critérios
diferentes. As expulsões foram injustas para os dois lados (na primeira, de
Lucas, não achei que fosse falta para cartão. Na segunda, pareceu tentar
compensar a burrada). Não houveram lances de pênalti. Seus assistentes não
comprometeram, apesar de ter tido algumas falhas.
Adversário – Mereceu a vitória pela competência e coragem.
Jogaram na deles, como quem não queria nada, mas souberam a hora certa de
atacar.
Destaques:
Nome do jogo: Rogério Ceni, Felipe dividiram.
Destaques Tricolores na partida: Luis Fabiano, Dagoberto, Denílson.
Piores tricolores: Casemiro
O que percebo nos últimos jogos é: o São Paulo, além de
abusar do direito de errar, perde o gás, propiciando uma reação adversária. Tá
faltando experiência no elenco, isso é fato. Chega de velocistas e vamos de
especialistas, por favor?
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partida.
P.S: Devido tempo
estourado, excepcionalmente nessa rodada, não teremos o pré-jogo de Cruzeiro x
São Paulo, que acontecerá nessa quarta-feira. Mas podem esperar o pós-jogo,
normalmente!
Obrigado!
E aí Leandro, como vai?
ResponderExcluirFoi um bom jogo no qual o Flamengo, por dificuldades criadas por nós mesmos (leia-se "Adilson Batista"), mereceu sair com a vitória.
Se olharmos bem, por mais que o Tricolor tenha tido posse de bola e volume de jogo, as melhores chances foram do adversário.
Também achei as expulsões injustas. O primeiro cartão do Lucas ele trombou com o J.César e, no segundo, ele estava fintando, em velocidade e foi disputar a bola que ele tinha adiantado demais... sei lá, pra mim, falta de jogo, nem passou na cabeça dele "matar o contra-ataque" (creio eu).
Não adianta reclamar também, o jogo já foi.
Mais sorte ao Tricolor esta noite. E a pergunta que fica: ressuscitaremos mais um time ou jogaremos para honrar nossa camisa e sair com a vitória?
Abraços
Maurílio, espero que o Cruzeiro não entre para a lista dos "ressucitados"...
ResponderExcluirAh, e sim. Méritos todos do Flamengo. Fazer o que né?
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