quinta-feira, 27 de março de 2014

OPINIÃO: São Paulo 0 (4) x (5) 0 Penapolense

Bem amigos do Blog!




Como havia dito, o blogueiro não conseguiu assistir o jogo na íntegra, devido falha na TV, na internet na sua casa, e como não resido em São Paulo, a TV aberta preferencialmente não transmite partidas de times de outros estados.

Mas alguns de vocês que acompanharam a partida estão pensando: "Que sorte a sua Leandro!". Eu sei. Do ponto de vista do resultado, foi uma horripilante partida. Do ponto de vista esportivo, não.

Conforme havia previsto no PRÉ-JOGO desta partida, seria um jogo no qual o Tricolor tem muitas dificuldades. Lidar com times que se fecham muito bem com proposta de contra-ataque.

Nesse caso só tem dois caminhos: 1) ter a aproximação do homem surpresa; 2) jogar com mais um meia ofensivo.

Então sugeri que Maicon fosse esse cara que se aproximasse mais.  Nessa partida, não adianta ter dois pontas, já que o Tricolor teve o seu campo de ataque para jogar, ou seja, a velocidade não influencia tanto.

O ideal era ter caras que tratam bem da bola, com criatividade para furar esse bloqueio imposto. O único com essa função ali da parte ofensiva do time é PH Ganso, que foi bem marcado. Tudo bem, o bom jogador tem que se desvencilhar da marcação - concordo. Mas quando a proposta de marcação individual é bem executada, fica mais difícil para o craque jogar.

Querem um exemplo disso? Proponho a volta ao ano de 2011. São Januário, Rio de Janeiro. O Tricolor inicia o campeonato Brasileiro meio desconfiado em meio às eliminações na Copa do Brasil e Paulistão. O jogo é contra o Fluminense, que era o atual campeão brasileiro. O técnico Paulo César Carpegiani escalou o meio com Wellington, em boa fase, para marcação individual no meio campista Dario Conca. Resultado: o time carioca não teve tanta criatividade e o Tricolor aproveitou as poucas chances que teve para abrir o placar e depois ampliar e fazer 2 a 0.

Que lição tomamos disso? É preciso ter MEIO CAMPO. O correto, quando nosso meia criativo sucumbe a uma boa marcação, é colocar outro meio campista para ajuda-lo, seja um volante que tenha boa saída de bola ou colocando um meio armador ou meia atacante.

Acho que foi isso que faltou ao Tricolor nessas quartas de final. Um meio campo criativo e ao mesmo tempo combativo. Não adianta colocar pontas de lança para esse serviço, pois os caras não tem criatividade, e qualidade no passe....

E na cobrança de pênaltis, vamos e convenhamos, zagueiro tem que bater forte e no meio. Quartas de final não é lugar de criancice e ingenuidade.

Agora, não adianta chorar pelo leite derramado. É esfriar a cabeça, né Srs. Maicon e Fabrício? , e se concentrar para o jogo de quarta-feira dia 09 de abril, contra o CSA-AL, na segunda mão da Copa do Brasil e o ínicio do Campeonato Brasileiro.

E agora sabemos que o caminho da glória adversária passa por uma defesa fechadinha e o time jogando no contra-ataque. É preciso mais atenção!




Mas vamos falar de coisa boa?
Homenagem ao Galinho de Ouro (Justa) - Éder Jofre recebe uma homenagem no salão nobre do Morumbi, pelos seus 78 anos de vida. Para quem não sabe, ele foi boxeador, lutou pelas cores tricolores e foi campeão mundial nas categorias peso galo e peso pena. Um dos mais boxeadores brasileiros, se juntando a uma lista que contém Arcelino "Popó" Freitas e "Maguilla".

Vale lembrar que Popó lutou pelo São Paulo.

Se aproxima o fim da era JJ - Com a eliminação em frente ao Penapolense, Juvenal Juvêncio, terá apenas mais um jogo pela frente como presidente do São Paulo Futebol Clube. Seus maiores legados foram o tricampeonato brasileiro e a ótima estrutura do CFA de Cotia. Mas, deixou impactos negativos em sua terceira, última e controversa administração. Centralização de poder, péssimas declarações, briga política dentro e fora do clube, erros e mais erros de planejamento.

Chegou a hora da inovação. E faz tempo que o mundo do futebol brasileiro não se volta para uma transição política dentro de um clube. Nem nos nossos vizinhos, nem nos grandes clubes dos país, é tão notória a transição de poder.

E até a Copa do Mundo, o mercado se fará praticamente inoperante. É bom os clubes procurarem agora para o segundo semestre...

4 comentários:

  1. Fala, meu amigo!

    Olha, eu diria que você teve foi sorte de não assistir o jogo. Eu só passei raiva. O São Paulo jogou mal como nos primeiros jogos do campeonato: não teve iniciativa, não agrediu o adversário, não se impôs... simplesmente se omitiu! Foi tão feio que nem chance de gol criou. Realmente uma noite para se esquecer. Eu só não concordo muito com o que li na mídia. O pessoal criticou o Douglas e o Álvaro Pereira. Pra mim, foram uns dos poucos que salvaram (incluo apenas mais o Rogério nesta lista). Só não entendi o porque do Álvaro não cobrar um pênalti. Ele que cobra faltas e escanteios!!!

    Com o elenco que temos, eu preferiria uma escalação no 4-4-2, com:
    Rogério Ceni
    Douglas - Rodrigo Caio - Antonio Carlos - Álvaro Pereira
    Contratação - Souza - Cañete - Ganso
    Pato - Luis Fabiano

    Precisamos de um 1º volante. E de um zagueiro (que poderá ser o Breno, mas só o tempo nos dirá).

    Agora é trabalhar para a Copa do Brasil. Não tem outro jeito. Não adianta descer a lenha nos caras que não vai fazer diferença. Perder faz parte, o que me deixa irritado é perder sem luta!

    Abraço

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    1. Amigo, o que é preciso é ter abertura para outro esquema...
      Porque não em alguns jogos atuar no 4-4-2, outros no 4-3-3 e outros no 3-5-2?

      Telê fazia isso, Autuori fazia isso (em 2005)...
      Não estou falando em improvisações, mas em esquemas mais dinâmicos.

      A galera de Penápolis, atribuiu a vitória porque seguraram o meia criativo da equipe, o PH Ganso. Porém, alguém tinha que encostar para jogar OU que se colocasse outro meia (Cañete, Boschilla, Lucas Evangelista)...

      É exatamente onde quero chegar na opinião....

      Só estou esperando postarem no youtube o jogo na íntegra, para eu rever e falar mais a respeito!

      Abraço!

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  2. Esses times do interior estão bem treinados! Acompanhei ontem o jogo do Santos contra o mesmo Penapolense que nos eliminou e posso dizer que o Santos penou pra ganhar. O futebol do Santos não se encaixou (alguns atribuíram ao fator "chuva"), mas atribuo ao fato do Penapolense ser muito bem armado taticamente. Mais tarde, acompanhei o Palmeiras e o mesmo teve os mesmos problemas, mas, ao contrário do Santos, saiu perdedor da partida.

    Depois quando a gente fala que "não existe mais bobo no futebol", tem um pessoal que retruca e fala que é mais por "falta de planejamento". Claro que planejamento é boa parte da fórmula para o sucesso, mas não é o que faz o resultado positivo acontecer. Ter "grandes nomes" para cada uma das posições do campo, não significa ter um grande time. Então, que os aclamados "grandes do futebol paulista" aprendam com seus colegas do interior e tirem a melhor experiência possível dessas eliminações para evitá-las no futuro!

    Abraço

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    1. Maurílio, sim, e isso tinha alertado no PRÉ-JOGO. O time de Penápolis deu trabalho para Santos, na semi, como o derrotou na etapa de classificação e deu trabalho para Palmeiras e Corinthians.

      De fato, os times são bem treinados porque se planejaram antes. Logicamente o calendário do futebol os permitiu, já que não têm muitas competições.

      Mas peguemos os exemplos do futebol lá fora: os times ingleses não tem apenas 11 jogadores. Tem 20,30, tem um bom elenco. Se sair, por exemplo, o Van Persie do Manchester United, tem Chicarito, tem o Bebe... não existe a Fulanodependência...

      Logicamente nenhum jogador é igual ao outro, mas todos tem que jogar e estar em condições físicas...
      No Brasil, os suplentes vivem reclamando que não tem ritmo de jogo... também... não jogam!

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