OPINIÃO: Figueirense 1 x 2 São Paulo

Olá amigos do Blog "O São Paulino".
Voltamos vencedores do confronto em Florianópolis, onde foi uma boa vitória nos deixando na segunda colocação. Não acompanhei o jogo pela TV e não acho justo fazer uma análise, mas acompanhei pelo rádio e internet, e propus uma brincadeira aos leitores: mandar para mim o pós jogo, dizendo o que acharam da partida. Agradeço todas as participações de coração!

Leiam agora a análise feita pelo leitor Maurílio Marques:

Com 12 desfalques, sendo por suspensão ou contusão, o São Paulo veio a campo com a seguinte formação: Rogério Ceni, João Filipe (lateral), Xandão, Rhodolfo e Henrique Miranda, Rodrigo Caio, Casemiro, C. Paraíba e Cícero, Henrique e W. José. 

Adilson Batista escalou o melhor que tinha em mãos, mas poderia ter encontrado um lugar para Rivaldo, já que o time tinha dois atacantes na frente e ninguém com qualidade para fazer a ligação meio campo - ataque.

O Tricolor começou bem, com passes rápidos e boas triangulações, o que deixou os torcedores animados e esperançosos para um grande jogo. Aos 4 minutos surge a primeira boa chance. Henrique Miranda avança pela esquerda e sai na cara do gol, mas acaba se enrolando com a bola sem conseguir a finalização. 

A partir daí o Figueirense "acordou" e impôs seu ritmo de jogo, começando uma série de gols perdidos. A zaga são paulina batia cabeça e apresentava muitas dificuldades de posicionamento.

Aos 17 minutos, a melhor chance. Em uma saída errada do tricolor, o Figueirense quase abre o placar com Júlio César, mas a bola pega caprichosamente na trave e no rebote Wellington Nem chuta em cima de Xandão e perde o gol. Maicon, que era dúvida para o jogo, voltou a sentir dores e deu lugar a Leandro Chaves. Com isso, o rendimento do Figueirense voltou a cair e o São Paulo equilibra a partida, valorizando a posse de bola. 

Mas foi apenas aos 39 minutos da primeira etapa que o time consegue o primeiro chute a gol, com Casemiro, mas sem perigo ao gol de Wilson. Três minutos depois, W. José sofre falta na entrada da área. C. Paraíba bate e encontra Cícero (em posição duvidosa) na área que desvia de cabeça para o fundo do gol. A bola ainda desviou em João Paulo antes de entrar, mas o árbitro assinalou o gol para Cícero, que vinha sumido na partida até então. 

Fim do primeiro tempo e o São Paulo sai com a vantagem para a segunda etapa. Adílson Batista saca Henrique, que vinha apagado no ataque, e coloca Rivaldo.  E no Figueirense, Somália entra no lugar de Leandro Chaves (que tinha entrado no primeiro tempo, mas vinha jogado mal). Somália entrou com muita vontade e botou fogo no ataque do figueira, que logo aos 3 minutos empata o jogo em mais uma batida de cabeça da zaga são paulina. 

Gol de João Paulo, um belo gol por sinal. A partir daí o São Paulo consegue se acertar e sai mais para a partida. Casemiro que até então vinha cobrindo o lado direito da defesa, começa a sair mais para o jogo e aparecer mais e aos 14 minutos encontra Rivaldo sozinho na área para fazer um lindo gol. Com o placar favorável, o tricolor adota uma postura de contra-ataque, com muita vontade e dedicação na marcação.

Adilson saca Henrique Miranda e coloca Luiz Eduardo. Para conter os ataques do Figueira pela esquerda. O Figueirense até tentou, mas parava em finalizações erradas, na zaga do São Paulo ou nas mãos de Rogério Ceni, embora não precisou fazer nenhuma grande defesa. W. José deu lugar ao garoto Bruno, que entrou para dar mais correria ao ataque tricolor e fazer dupla com Rivaldo, que cadenciava o jogo com inteligência e ainda assumia a posição de atacante. 

O Figueirense ainda fica sem dois jogadores, por contusão (e já feita as 3 alterações) e o jogo fica nisso, final Figueirense 1 x 2 São Paulo.

Notas dos personagens da partida:

Rogério Ceni: não teve culpa no gol e fez boas intervenções. Fez seu jogo de número 999 pelo tricolor. Nota: 8,0 (Comentário do blogueiro: Pra mim, nota 999)

João Filipe: Grande partida de uma boa surpresa que foi esse zagueiro, que agora é do tricolor por 5 temporadas. Demonstrou muita segurança e que tem intimidade com a bola. Nota: 9,0

Xandão: Com ele na zaga cada lance é uma emoção. Mas não comprometeu e foi útil na marcação. Nota: 5,0

Rhodolfo: Caiu um pouco de rendimento nas 2 ou 3 últimas partidas. Mas continua sendo nossa referência na zaga. Nota: 6,5

Henrique Miranda: Jogador ainda em formação. Poderá a ser útil daqui uns anos. Nota: 5,0

Rodrico Caio: Típico jogador que não aparece muito para a torcida, mas foi muito combatente na frente da área, dando segurança à zaga. Nota: 8,0

C. Paraíba: Não foi eficiente na marcação e errou muitos passes no meio, gerando, inclusive, contra-ataques perigosos. Nota: 4,0

Casemiro: Fez um primeiro tempo razoável, tendo que cobrir a marcação do lado direito. Na segunda etapa, jogou mais solto e apareceu mais para a partida. Porém ele cansa no final e acaba perdendo um pouco de perna. Nota: 6,5

Cícero: Premiado com um gol mas sumido em boa parte da partida. Já vem jogando mal há um tempo, boa opção de reserva mas não como titular. Nota: 6,5 (pelo gol)

Henrique: Ainda não se acertou no São Paulo e a torcida não sabe se é apenas um jogador de seleção sub 20 ou se dará conta do recado no tricolor. Mas como a bola chegou pouco, vou dar um desconto. Nota: 4,0

Willian. José: Outro que não se acertou ainda (e nem sabemos se se acertará). Fez algumas jogadas como pivô, tocando para quem vinha de trás. Mas apareceu pouco. Nota: 4,5

Entraram:

Rivaldo: Entrou no intervalo, em um jogo corrido, e cadenciou o jogo com inteligência. Se posicionou mais a frente, como atacante, e foi premiado com um lindo gol. Nota: 9,0

Luiz Eduardo: Entrou para ajudar na marcação. É melhor que o Xandão e pra mim é o reserva imediato da zaga tricolor. Nota: 6,0

Bruno: Pouco tempo em campo, sem nota.

Técnico:

Adílson: Escalou o que de melhor tinha em mãos. Talvez tenha pecado escalando o Cícero ao invés do Rivaldo, mas mexeu bem no decorrer da partida e mostrou que o São Paulo tem um elenco forte e peças de reposição que correspondem à altura do time considerado titular. Vale ressaltar o empenho e a dedicação dos atletas em campo, que correram o tempo todo e mostraram mais vontade que alguns “acomodados” titulares.

(Maurílio Marques)

É isso aí Galera, gostaram? Mandem seus comentários sobre a partida, e a nossa colocação na tabela, pois os resultados nos favoreceram muito e nos colocam de volta ao páreo.

Gostaria de agradecer ao Maurílio pelo belissimo texto que ele me mandou pontuamente após o jogo. É muito bom contar com a participação de vocês, e desde já digo: Sintam-se a vontade para comentar, me mandar um "oi", me cobrar posts.

Valeu mesmo!

E agora, vamos todos quarta-feira ao Morumbi, prestigiar, esse que é o MITO. Um sãopaulino maior, maísculo,exemplar. Um exemplo de superação, de dedicação, de profissionalismo, de ética, de perseverança, de excelência.

Rogério Ceni.

Com certeza, merece todo nosso carinho, idolatria, aplausos. Pela aquela falta defendida na final do Mundial. Por aquele choro na eliminação no Morumbi. Por defender nossas cores de todas as polêmicas. Por estar 1000 vezes jogando por nós.

Eu não vi Pelé. Mas vi Rogério Ceni.